A ascensão de Bad Bunny no Brasil: Como o cantor superou a falta de público no país?

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This article is written by a student writer from the Her Campus at Casper Libero chapter and does not reflect the views of Her Campus.

Nos últimos meses, Bad Bunny se consolidou como um fenômeno global. Com o lançamento do álbum ‘DeBÍ TiRAR MáS FOToS, em janeiro de 2025, o artista alcançou o topo da parada Billboard 200 – o quarto disco de sua carreira a atingir essa posição.

Apesar do sucesso internacional, até recentemente o cantor não conquistava o público brasileiro e só entrava nos rankings das paradas de outros lugares, como Estados Unidos, México, Argentina e outros países latino-americanos.

A ausência de Bad Bunny nas listas das músicas mais ouvidas no Brasil era tratada com humor, sendo até comentada por Anitta em uma entrevista dada para o canal Molusco TV, onde ela destaca o sucesso local apenas de nomes como J Balvin e Maluma. O cenário mudou com o lançamento do novo álbum do porto-riquenho, que passou a figurar nas paradas brasileiras e abriu espaço para a nova turnê no país – com ingressos esgotados e datas extras anunciadas.

Como um artista que até então não conquistava o público brasileiro conseguiu, de forma tão rápida, consolidar uma base de fãs no país?

A identidade visual do álbum e a familiarização com a comunidade latina

Muitos elementos da vivência pessoal de Bad Bunny são usados na estética do novo álbum. O cantor aposta em cenários simples e tropicais, com quintais arborizados e as cadeiras de plástico presentes na capa. Essa estética mais “rural” rompe com o visual texano e urbano de seu disco anterior, Nadie Sabe Lo Que Va a Pasar Mañana.

Pelas letras, Bad Bunny revela que  DTMF é um álbum mais pessoal, com um aspecto fortemente inspirado na cultura porto-riquenha – que, por sua vez, se assemelha muito a brasileira e outras latino-americanas. Essa familiaridade desperta um sentimento de orgulho cultural e identificação em boa parte do público.

As ‘trends’ nas redes sociais

Um dos fatores decisivos para o sucesso foi o uso das faixas do álbum em trends de redes sociais. O áudio do lead single, “DtMF”, ultrapassou 400 mil usos no TikTok, em vídeos que vão desde coreografias e colagem de fotos até os famosos Get Ready With Me e conteúdos humorísticos.

O formato de vídeos curtos favorece a popularização das músicas: quanto mais um trecho é repetido, mais ele circula, o que desperta a curiosidade do público sobre a versão original. Além disso, a identidade visual teve papel essencial:as duas cadeiras simples de plástico, vistas comumente em bares, festas ou confraternizações, se tornaram referência à capa do álbum e fortalecem a presença estética do artista nas redes. 

Como sua apresentação no Super Bowl pode impulsionar a carreira de Bad Bunny

Em fevereiro de 2026, Bad Bunny fará sua estreia no palco do Super Bowl, um dos eventos mais assistidos e comentados do planeta.  O show, que há muito tempo deixou de ser apenas o intervalo da final da NFL, tornou-se uma vitrine global para artistas, capaz de ampliar significativamente o alcance e a influência de quem se apresenta.

O fenômeno se intensifica com a expansão do futebol americano no mundo, especialmente no Brasil, que já recebeu um dos jogos da liga em São Paulo e sediará outro no Rio de Janeiro. Com o crescimento do interesse pelo esporte, a procura pelo evento tende a aumentar, ampliando o alcance da apresentação de Bad Bunny — mesmo que indiretamente — e fortalecendo sua presença junto ao público brasileiro.

Vale destacar que o Super Bowl atrai além dos telespectadores da NFL. Os amantes da cultura pop aproveitam o show para comentarem sobre os artistas no palco, enquanto os veículos de comunicação dão ampla cobertura do show.

Embora Bad Bunny ainda  não tenha caído completamente nas graças do público brasileiro, seus números nas plataformas seguem em crescimento. Com o fortalecimento do  tráfego orgânico e a exposição em eventos de grande repercussão, como o Super Bowl, suas músicas têm alcançado cada vez mais ouvintes, consolidando sua presença e influência na cena musical do país.

O texto acima foi editado por Isabella Simões.

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